FOO FIGHTERS + QOTSA - ALLIANZ PARQUE - 28 FEV 2018
Começo este relato com algumas constatações a respeito do Foo Fighters:
1) Dave Grohl é definitivamente um dos grandes nomes do rock da atualidade;
2) A banda consegue levar aos seus shows um número de mulheres igual ou maior ao que ocorre nos shows do Bon Jovi;
3) Depois deste dia 28 de fevereiro, o Foo Fighters entrou para a minha lista de melhores bandas de todos os tempos.
Outra constatação, óbvia, é a de que o rock n'roll continua vivo... Mais vivo do que nunca... Estendo este comentário, inclusive, para me referir ao show do Queens Of The Stone Age, que arregaçou a bagaça toda através de uma apresentação vigorosa e detonante.
Mas voltando ao Foo Fighters, os caras fizeram um show de aproximadamente três horas, onde eles trouxeram ao público um setlist recheado de clássicos e de hits de todas as fases da banda.
A cada música que era iniciada, eu via a galera ao meu lado se debulhando de contentamento... Umas mais, outras menos, mas via de regra, todas as canções eram cantadas pela plateia quase que na íntegra. Neste sentido, vejo que a base de fãs do Foo Fighters no Brasil é muito forte e fiel. Fiquei realmente impressionado com isso.
Uma coisa que me chamou a atenção foi com relação à faixa etária do público (chuto uma média na casa dos 30 anos). Quando pegamos uma banda mais antiga, por exemplo, Black Sabbath ou The Who, notamos que há uma incrível variedade em termos da idade dos fãs... Vemos muita gente jovem, muitos garotos... Mas o público de mais idade, acima dos 40 ou 50 anos é muito relevante em shows de bandas como estas.
Já no caso do Foo Fightes, tiozões do rock assim como eu eram bem poucos... Confesso que no início fiquei um pouco incomodado com este fato. Mas depois, toquei o "foda-se" e curti o show igual a todos que lá estavam... ah... não entrei no mosh que a galera formou no meio da pista Premium... aí já era demais para mim...
Falando agora especificamente sobre Dave Grohl, o cara é um dos mais carismáticos frontman da atualidade. O sujeito cria uma empatia impressionante com o público, coisa que poucas vezes vi em apresentações de rock ao longo da minha trajetória de shows. Outro fator bem legal a respeito de sua interação para com o publico é a sua dicção; seu inglês é bem audível e inteligível, fazendo com que grande parte do público conseguisse interagir com ele durante suas falas (que foram muitas... e, às vezes, bem longas).
Outra característica da performance de paldo de Dave Grohl é a sua vitalidade... O sujeito corre o tempo todo pelo palco e não perde o fôlego nem um segundo sequer...
Com relação ao show e às músicas apresentadas, o que mais me chamou a atenção foi a modernidade da música do Foo Fighters. O rock que eles fazem certamente tem fortes raízes em estilos mais tradicionais; entretanto, dá para sentir que tem algo novo no ar... um tipo de som que é de agora... dos tempos de hoje. E o que me chama a atenção, neste sentido, é que eu só consegui perceber isso durante este show. Acho que o fato de ter uma galera mais jovem no show acabou me contaminando... Será?
Duas coisas me cativaram profundamente no show. Uma delas foi o garoto Lucas, um fã que estava assistindo ao show na pista Premium e que subiu ao palco para tocar bateria junto com a banda, após Dave Grohl questionar o público se alguém se habilitava àquela tarefa.
Com relação a isso, fiquei impressionado com a desenvoltura do sujeito, um garotão que estava completando 17 anos naquele dia e que subiu ao palco, na frente de milhares de pessoas, como se fosse a coisa mais normal do mundo... e mais... o tal Lucas fez firulas com as baquetas e detonou os pratos, tontons e bumbos de uma forma animal, mostrando ao público (e à banda) que ele dominava o instrumento e sabia tocar Under Pressure (Queen) com extrema maestria.
Ao final da apresentação, banda e público ovacionaram o moleque e ainda cantaram "Happy Birthday To You" em comemoração ao seu aniversário... E então eu me pergunto se o Lucas conseguiu dormir naquela noite?
A outra coisa que me cativou foram as constantes reverências que a banda prestou a grandes artistas e bandas. Por vezes, antes de uma música ou outra, eles fizeram introduções musicais homenageando, entre outros, Ramones, Michael Jackson, Queen... E demonstraram a todos que uma grande banda, acima de tudo, deve ter humildade suficiente para reverenciar e homenagear seus ídolos.
E com relação a este fato, num dos momentos finais do show, os caras quase botaram o Allianz Parque abaixo com a performance magistral e vigorosa de "Let There Be Rock" do AC/DC.
Sendo eu fã ardoroso da banda australiana, já nos primeiros acordes fui à loucura... Que maravilha! Creio que eles me ganharam definitivamente neste momento.
E para que todos possam atestar o que estou dizendo, coloco a seguir a filmagem que fiz com meu celular:
QUEENS OF THE STONE AGE
QOTSA é uma banda que eu sempre curti. Mas, tal qual Foo Figthers, não figurava como uma das minhas bandas de cabeceira.
Infelizmente, quando entrei no Estádio, o show deles já tinha começado. Creio que perdi pelo menos umas três músicas.
De toda forma, o que vi e ouvi me cativou muito. A performance de Josh Homme e dos demais integrantes foi excepcional.
Ou seja, mais uma banda que vou passar a acompanhar com mais afinco.
AGRADECIMENTO
Eu sou um cara de muita sorte. Tenho amigos mais do que especiais. E um destes amigos é este cara que está abraçado comigo (este de sorriso largo, à direita).
Seu nome é Thiago Caina Pedro... Um dos caras mais "gente fina" com os quais tive o prazer de trabalhar.
Os caminhos da vida nos separaram (fisicamente) por uns 6 ou 7 anos. Mas, felizmente, as tecnologias atuais nos permitiram que mantivéssemos um contato até certo ponto frequente.
Thiago tinha comprado um par de ingressos promocionais para a pista Premium deste show, sendo que ele iria ao show com a sua esposa.
Quis o destino que a moça adquirisse uma virose e que, no dia do show ainda estivesse em recuperação. Ou seja, para o infurtúnio dela e para minha felicidade, ela não poderia ir ao show.
Aí, meu amigo Thiago se lembrou de mim, que além de ser tarado por rock, foi um dos caras que lhe influenciou a curtir um sem número de bandas. Até antes de me conhecer, o Thiago era como a grande maioria das pessoas que dizem gostar de rock... Conhecia apenas o básico...
Convivendo diariamente comigo, Thiago ampliou o espectro musical relativo à uma série de bandas de rock... Tô mentindo Thiago?
Thiago me mandou uma mensagem e me ofereceu o ingresso. Conforme eu fui lhe dizendo que estava meio duro e que havia restringido a verba para shows, ele não se fez de rogado e me convenceu a ir no show com o argumento irrefutável de que eu poderia pagar o ingresso (que já estava com 50% de desconto) em quatro suaves parcelas.
Porra... Aí não teve jeito senão aceitar.
O resto é história.
Valeu Thiagão... Me passa o número da agência e conta, cacete!