MAIS UMA APRESENTAÇÃO MAGISTRAL DE GLENN HUGHES EM SÃO PAULO E PROMESSA DE NOVO SHOW EM 2019
O dia era 21 de abril de 2018, um sábado. O local era a casa de shows Tropical Butantã, em São Paulo.
O público lotava o espaço. Todos em grande euforia, aguardando a entrada no palco de um dos maiores ícones do rock mundial. E, infelizmente, um dos últimos em atividade de sua geração.
Glenn Hughes deu início ao show com cerca de 10 minutos de atraso (o show estava previsto para começar às 19:30). Entretanto, nenhum dos presentes reclamou da espera e o mestre já entrou arregaçando tudo com a estrondosa "Stormbringer", um dos clássicos absolutos do Deep Purple e que integra o álbum homônimo lançado em 1974.
Desta feita, mestre Hughes veio acompanhado do guitarrista dinamarquês Soren Andersen, o tecladista, também dinamarquês, Jay Boe e na bateria o chileno Roberto Escobedo.
Soren Andersen já tem acompanhado Glenn Hughes nos últimos dez anos, intercalando apresentações com outros guitarristas, sendo um deles o sensacional Doug Aldrich, que atualmente faz parte da não menos sensacional banda The Dead Daisies.
Assim sendo, o destaque fica mesmo por conta do tecladista Jay Boe e sua performance arrasadora, debulhando seu Hammond de forma deveras empolgante. Segundo palavras do próprio Hughes, Jay Boe é um discípulo do saudoso Jon Lord; e sua performance no palco não deixa qualquer dúvida quanto a isso.
Outro destaque vai para o jovem baterista (apenas 25 anos) chileno, Fernando Escobedo. Glenn Hughes, numa de suas intervenções junto ao público, teceu comentários extremamente elogiosos ao rapaz, o qual não decepcionou. Pelo contrário... o sujeito não deixou a peteca cair um segundo sequer e detonou tudo num dos mais empolgantes solos de bateria que eu já tive o prazer de presenciar.
Um detalhe interessante que fiquei sabendo através da página oficial do Paulo Zinner no Facebook, é que Fernando Escobedo está utilizando a bateria de Paulo Zinner durante toda a turnê brasileira.
Bom... voltando ao mestre Glenn Hughes, é de cair o queixo ver um cara de 65 anos de idade tocando e cantando como se fosse nos tempos do Purple, nos anos 1970. Seus agudos continuam os mesmos. Seu feeling está ainda mais aguçado. E os acordes do seu poderoso contra-baixo delineiam fortemente a melodia de todas as canções, mostrando ao demais músicos qual o caminho a seguir.
O setlist do show até certo ponto foi curto. Mas foi o suficiente para deixar a plateia bem satisfeita. Os grandes clássicos da formação Coverdale/Hughes estiveram presentes. E até músicas cantadas por Ian Gillan entraram na lista (Smoke On The Water e Highway Star).
O show não poderia terminar de forma diferente, com Glenn Hughes e sua banda detonando tudo e todos com a sensacional e obrigatória Burn.
Confira o setlist completo clicando aqui.
Glenn Hughes fez questão de frisar, mais de uma vez, que adora tocar em São Paulo e que o público rockeiro de nossa cidade é o melhor de todos... "you are fucking crazy motherfuckers"... E mais... Anunciou que em 2019 estará de volta para mais shows no Brasil.
A seguir disponibilizo dois vídeos gravados durante o show. O primeiro foi feito por mim durante uma transmissão ao vivo via Facebook e mostra Hughes apresentando a banda, falando sobre o jovem Fernando Escobedo e elogiando o público conforme citei acima... e na sequência coloquei a transmissão que fiz da maravilhosa This Time Around. O problema do vídeo é justamente o fato de ter sido objeto de uma conversão da filmagem para o formato mp4. A qualidade da imagem não é boa.
Já o segundo vídeo foi feito pelo meu amigo Oity de Campos através da filmagem direta com a câmara do celular, sem intermédio de uma transmissão ao vivo, o que confere uma qualidade de imagem bem superior. Ele filmou as performances de This Time Around e Holy Man.
Filmagem 1 - conversão de uma live do Facebook
Filmagem 2 - gravado pelo meu amigo Oity de Campos